O presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), Antônio Jorge Camardelli, disse esperar que a China demande 200 mil toneladas de carne bovina do Brasil por ano a partir de 2016, gerando faturamento de US$ 1 bilhão à indústria nacional.
Em painel no Encontro de Analistas da Scot Consultoria, em São Paulo nesta sexta-feira, 27, Camardelli informou que em novembro, até o dia 22, a China comprou 20 mil toneladas do País. O executivo cita que este é um mercado importante também por representar uma demanda diferenciada. “Pela primeira vez o Brasil, como exportador, tem uma opção para cortes nobres do boi”, observa.
Sobre os Estados Unidos, Camardelli diz esperar que os embarques comecem no início do ano que vem. “Vamos agregar sim, no primeiro trimestre de 2016, no mais tardar, as exportações aos Estados Unidos”, disse. A Abiec, porém, reconhece que há movimentações no Congresso norte-americano para tentar atrasar o comércio entre os países, mas diz que o debate não tem suporte do ponto de vista técnico.
Camardelli estima que o Brasil pode exportar, por meio de cota, 59 mil toneladas ao ano ao país. Superado o limite da cota, o País terá de pagar impostos superiores, mas ele avalia que ainda assim os exportadores nacionais se manterão competitivos. “Os Estados Unidos precisam abrir, pois estão pagando uma matéria-prima muito cara da Austrália”, diz.