O entusiasmo se revela na projeção do tesoureiro do Sindicato Rural de Pinheiro Machado, Max Garcia, que prevê faturamento em torno de R$ 1,2 milhão, pouco acima do registrado na edição passada da Feovelha.
– Nossa previsão é muito positiva. Os mercados de carne e de lã se mantêm estabilizados – afirma.
Também otimista, o presidente da Associação Brasileira de Criadores de Ovinos (Arco), Paulo Schwab, faz uma metáfora para confirmar a situação confortável, já que ainda não há números consolidados de 2013:
– O mar está calmo, com bons preços.
A navegação tranquila se justifica pela agenda que inclui pelo menos mais cinco feiras para a venda de animais até março. Até o momento, machos e fêmeas disputam igualmente a atenção dos compradores. Os preços devem se manter equilibrados, com o quilo da carcaça viva do cordeiro cotado a R$ 8, uma bonificação de 15% – o quilo vivo varia entre R$ 4 e R$ 5.
Entra aí a importância das feiras, ressalta Schwab. Em eventos como o de Pinheiro Machado, com seis mil animais inscritos para o remate de rebanho geral, as vendas nos últimos dois anos movimentaram mais de R$ 1 milhão em cada edição.
O rebanho ovino gaúcho é estimado em quatro milhões de animais, sendo 2,5 milhões de fêmeas em condições de reprodução. Os números, porém, seriam imprecisos porque, segundo Schwab, o abate informal chega a 70% no Estado. As feiras, lembra o presidente da Arco, concentram os negócios com reprodutores.
Exemplos recentes do quadro favorável para a ovinocultura ocorreram em Santana do Livramento, com a Mercotexel, e em Bagé, na Agrovino. No evento de Bagé, dois remates oficiais comercializaram 373 animais, com faturamento de R$ 170 mil.