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Pecuária

Border collie mais caro do mundo é vendido por R$ 160 mil em MG

Comprador, de Pernambuco, defende a importância dos cães de pastoreio e resolveu investir em um animal com genética excepcional

border collie Radar, cão de pastoreio mais caro do mundo
Foto: Eduardo Andrade

O border collie mais caro do mundo é brasileiro, tem cinco anos e chama-se Radar. Ele foi vendido por R$ 160 mil a um pecuarista de Pernambuco. O recorde de preço anterior pertencia à cadela Megan, vendida da Inglaterra para um criador nos Estados Unidos por R$ 107 mil.

O treinador Adonis Colombo, antigo dono do animal, afirma que sua história com o animal é “coisa do destino”. Radar chegou às mãos dele ainda filhote e ficou apenas 30 dias, sendo vendido a um pecuarista da Bahia que iria recriá-lo na fazenda e depois mandá-lo para ser treinado. “Comprei vendido, mas já vi que era um cachorro diferente. Ele tinha uma interação muito diferente com os animais; era inteligente e ficava atento, olhando as ovelhas”, relembra.

Quando finalmente o border collie voltou para o centro de treinamento, em Durandé (MG), apresentou um desempenho acima do normal. “Ele estava pronto para competir em provas com quatro meses de treinamento, quando o normal é com mais de 10 meses. Disse ao dono que ele tinha um cachorro excepcional, só que ele não tinha noção do tanto. Quando contei que o valor do animal tinha dobrado, ele me perguntou se eu queria comprá-lo. E eu comprei, por R$ 6 mil”, diz.

Colombo conta que precisava de um animal que servisse de portfólio para o centro de treinamento. “Alguns cães correspondiam em um quesito, mas em outro não. Lidavam bem com boi, mas não tinha a sensibilidade para os ovinos”, explica. Segundo ele, Radar ajudou a levar o nome do CT ao mundo, sendo campeão de diversas provas.

Adonis Colombo e o border collie Radar. Foto: Eduardo Andrade

Investimento

O pecuarista Júnior Ribeiro, de Camocim do São Felix (PE) estava procurando um border collie de excelente genética e acabou chegando ao Radar. Criador de nelore e angus, ele entrou no mundo dos cães de pastoreio após perceber a funcionalidade desses animais na lida. “O border collie não é um cão comum, ele tem habilidades extraordinárias, é um atleta do campo”, diz.

O treinador conta que vender o Radar foi necessário para valorizar tanto o animal quanto o pastoreio nacional. “É como um jogador de futebol, ele não pode ficar parado, precisa se expor mais”. Ficou acordado entre eles que o animal continuaria em Minas Gerais, sendo treinado para provas e campeão, pois ele ainda é novo.

O novo proprietário terá retorno financeiro principalmente através da genética do animal. “Meu intuito agora é dar andamento no ‘Radar Project’ que será iniciado nos EUA, visando estocar material genético não só para o Brasil, mas para o mundo”, diz Ribeiro.

Além disso, filhotes do animal também poderão ser comercializados, gerando lucro ao dono – e ele já tem mais de 80 espalhados por vários estados brasileiros e por países como Estados Unidos, Colômbia, Argentina e Bolívia.

Brasil exemplo no mundo

A venda aconteceu com assessoria da Moura Stock Dog, centro de treinamento e reprodução do qual faz parte Maycon Moura, amigo e mentor de Adonis Colombo, que mora nos Estados Unidos. Ele destaca que muitos acreditam que os melhores animais para pastoreio estão na Europa, onde a raça começou, mas o Brasil possui a melhor genética. “Sou treinador, embriologista, e digo que não chegam ao nosso nível. O brasileiro fez uma adaptação fantástica para que eles trabalhem no dia a dia, não sendo só um brinquedinho ou cão de prova”, diz.

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