As principais agroindústrias de Santa Catarina estão localizadas no oeste do estado. Entre São José do Cerrito, São Miguel do Oeste e Chapecó se produz aves, suínos e a pecuária leiteira tem ali a 4ª principal bacia do país. O percurso entre estas cidades, no entanto, não corresponde à importância econômica da região. O Canal Rural recebeu algumas fotos do produtor Romeu Binsfeld, de família de agricultores.
Conversamos com o presidente do Sindicato Rural de São Miguel do Oeste, Joel Moura, que confirmou a situação difícil dos produtores e empresário agrícolas da região.
– É o caos – lamenta ele.
Moura reforçou que a rodovia é fundamental tanto para a chegada de grãos produzidos no Centro-Oeste do país – e enviados até o Rio Grande do Sul pela BR-282, quanto para o envio da produção local. Nos dois sentidos, o tráfego de caminhões é intenso, assim como os problemas.
– Eu fiz a viagem até Chapecó na semana passada [saindo de São Miguel do Oeste, cerca de 100 Km] e contei mais de 20 carros quebrados – relata o presidente.
Segundo ele, “nunca foi tão ruim”. E mesmo com operações tapa-buracos, o reparo da situação não dura tempo suficiente para ser visto por todos. Moura confirma que as operações acontecem todos os anos, mas a primeira chuva detona tudo de novo:
– É recurso público para fazer essas reformas, um engenheiro assina as obras. Como pode três ou quatro meses depois voltar tudo do mesmo jeito?