O Brasil está consumindo mais sêmen angus produzido dentro do país. Segundo levantamento divulgado pela Associação Brasileira de Inseminação Artificial (Asbia), a comercialização das doses coletadas em território nacional cresceu 23,8% em 2021, ultrapassando a marca de 2 milhões de unidades. Com isso, a representatividade da produção “made in Brazil” no total de sêmen angus consumido saltou de 24%, em 2020, para 31%, em 2021, uma elevação de sete pontos percentuais.
Como consequência dessa expansão, a importação de sêmen angus internacional caiu 14% quando comparado com o de 2020. Segundo o presidente da Associação Brasileira de Angus, Nivaldo Dzyekanski, o usuário de angus está apostando em uma genética selecionada para os trópicos. “Os animais nacionais têm se adaptado cada vez mais aos diferentes climas e sistemas de produção e vêm ganhando terreno na produção de carne de qualidade”, comenta.
Para comparação, em 2019 apenas 20% do consumo referia-se à produção local. Segundo a associação de criadores da raça, esse crescimento está embasado em pesquisas e na geração de dados de reprodutores brasileiros.
De acordo com o gerente de Fomento da associação, Mateus Pivato, chamou atenção neste início de ano o interesse pela genômica. “A procura está surpreendente. Os criadores realmente aderiram à ideia”, disse.
A comercialização de sêmen no Brasil, conforme o levantamento da Asbia, atingiu a marca de 19,89 milhões de doses. A raça angus esteve presente em 53,57% dos 5.570 municípios do país em 2021. Entre os estados brasileiros, Mato Grosso lidera como maior comprador de sêmen angus com 19,48%, seguido de Mato Grosso do Sul com 15,03%. Ainda se destacam Goiás (13,30%), Rio Grande do Sul (7,34%) e Pará (7,13%).