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Brasil deve questionar embargo à carne bovina na Organização Mundial do Comércio

Segundo a ministra interina do MDIC, Tatiana Prazeres, já que não há risco sanitário, a barreira é considerada protecionistaO Brasil estuda questionar no âmbito da Organização Mundial do Comércio (OMC) os países que impuseram embargo à carne bovina brasileira em função da constatação de príon, agente causador da vaca louca - Encefalopatia Esfongiforme Bovina (EEB), em uma vaca morta em 2010, no Paraná. Nesta quarta, dia 3, a lista de países que restringem a compra do produto aumentou com a adesão do Líbano. Segundo o Ministério da Agricultura libanês, a decisão, que afeta tanto o gado vivo quanto a carne congelada, e

Apesar de o Brasil ter status de risco negligenciável (o mais seguro) à presença de vaca louca pela Organização Mundial da Saúde Animal (OIE), o Chile teria deixado de comprar farinha de carne e ossos e o Peru teria manifestado a possibilidade de interromper as importações.

Devido ao caso não clássico da doença, Japão, China, Coreia do Sul, África do Sul, Arábia Saudita, Taiwan e Egito suspenderam as compras no fim de 2012. O Egito, porém, se manifestou posteriormente negando qualquer tipo de embargo.

A ministra interina do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Tatiana Prazeres, afirma não haver respaldo sanitário para o bloqueio dos países ao produto brasileiro, o que possibilita que o país questione na OMC.

– A possibilidade de um contencioso nunca foi descartada. Não hesitaremos em fazer, se tivermos de reduzir barreiras incompatíveis com as regras. Se não há parâmetro de risco sanitário, a barreira é considerada protecionista na OMC  – destacou.

Tatiana informou que a Jordânia também está com problemas com importações do Paraná. Segundo ela, até novembro, as barreiras afetaram 4,4% das exportações brasileiras de carne bovina.

O Mapa garante que o Brasil vem tratando o caso com transparência perante os compradores internacionais, além de demonstrar a eficiência e a segurança dos mecanismos de controle brasileiros. A pasta também firmou um protocolo sanitário com a Venezuela, a fim de dar continuidade às exportações para aquele país, que está entre os maiores compradores do produto.

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