O seminário é parte da estratégia para região amazônica, onde o governo brasileiro prevê implantar um programa de desenvolvimento de aquicultura.
? Para isso, ampliamos nossas parcerias com o governo norueguês, visando aproveitar a experiência daquele país em pesquisa e tecnologia na produção de pescado ? explicou Ideli Salvatti.
No evento que acontece em março, na capital amazônica, autoridades e técnicos da Noruega estarão presentes. Informações da atividade pesqueira e aquícola, políticas brasileiras e avanços na legislação para o setor serão apresentados aos participantes. Outro destaque será a experiência norueguesa em investir rendimentos da exploração de petróleo na pesca e aquicultura.
? Temos muito a aprender e queremos parceiros fortes como a Noruega para desenvolver de forma sustentável o nosso potencial das águas ? reforçou a ministra.
Ideli citou ao vice-ministro a criação do Laboratório do Mar em uma plataforma da Petrobras, projeto que está em fase de estruturação pelo Ministério da Ciência e Tecnologia, com apoio da Marinha e MPA. Destacou ainda os investimentos do governo brasileiro na modernização da infraestrutura pesqueira e ampliação da aquicultura, a exemplo da agenda percorrida nos estados pela ministra em busca de mais estrutura e agilidade na liberação das licenças ambientais para produção de peixes e crustáceos em cativeiro.
O modelo de gestão pesqueira brasileiro é outro item a ser trabalhado. A metodologia, sob forma de participação conjunta entre governo e membros da sociedade, que integram Comitês Permanentes de estudo e monitoramento das espécies, desperta interesse do governo norueguês.
Cooperação bilateral
Noruega e Brasil têm longa tradição de comércio, em especial na área da aquicultura e pesca, a exemplo do bacalhau e salmão que desembarcam no país. Só em importação de bacalhau são cerca de 220 milhões de dólares ao ano.
Memorandos de entendimentos e visitas oficiais ao Brasil já foram feitos pelas autoridades norueguesas. Em 2010, durante a I Feira Internacional da Pesca e Aquicultura realizada em Santa Catarina, institutos de pesquisa como o Nofima e Sintef assinaram acordos de cooperação com a Embrapa Aquicultura e Pesca, do Brasil.