De acordo com a projeção hipotética com base em dados da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), isto se dará apenas como efeito da abertura de mercados e aumento de vendas para mercados já conquistados.
Em 2009, segundo estimativas da FAO, o mundo produzirá 106 milhões de toneladas de carne suína. Cerca de metade disso (50,23 milhões de toneladas) será de responsabilidade da China, que consome muito: 50,36 milhões de toneladas. Os chineses deverão importar, em 2009, 215 mil toneladas e exportar 343 mil toneladas.
A China faz parte da dezena de países que estão no foco da atenção da
Associação Brasileira da Indústria Produtora e Exportadora de Carne Suína -(Abipecs). Em 2008 e 2009, a entidade tem feito marcação cerrada para a abertura de novos mercados, não apenas participando de missões oficiais a países ainda fechados, como insistindo para que o governo brasileiro eleve a prioridade concedida às exportações do produto e, com isso, se acelere o ritmo da sua entrada na Ásia, América do Norte e Europa.
Atualmente, o Brasil é o quarto maior exportador mundial, atrás da União Europeia, dos Estados Unidos e do Canadá. Com o aumento de exportações, o Brasil teria condições de liderar o ranking, situação que já ocorreu com as carnes bovina e de frango.
Na Ásia, o Brasil exporta principalmente para Hong Kong, um volume estimado em 127 mil toneladas em 2009, com uma participação de 26% nas importações feitas pelo país. Porém, o Brasil ainda não exporta para a China e para o Japão, os dois principais compradores na região. Em 2009, o Japão deverá importar 1,12 milhão de toneladas.
? Na China, projetamos iniciar com 5% de participação nas importações do país, em 2010, para chegarmos a uma participação de 30% em 2015. O potencial brasileiro, naquele ano, seria de 102,9 mil toneladas ? afirma o presidente da Abipecs, Pedro de Camargo Nego.
Com relação ao Japão, acrescenta Camargo Neto, “iniciaríamos, em 2010, com56 mil toneladas, passando a uma participação nas importações japonesas de 20% em 2011, 25% em 2012 e 40% em 2015. Essa participação ainda seria inferior à conseguida pelos exportadores brasileiros de carne de aves”.