De acordo com o diretor do Departamento de Saúde Animal do Ministério, Guilherme Henrique Marques, os Estados do Maranhão, Piauí e de Pernambuco já estão em condições de iniciar o processo epidemiológico, com a correção de determinadas ações, para ter o reconhecimento de áreas livres da febre, com vacinação. Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba e Alagoas ainda precisam corrigir as estruturas de controle de forma mais incisiva para obter o reconhecimento.
O diretor destaca que durante todo o mês de novembro o rebanho nacional deve ser vacinado contra a aftosa. A campanha nacional começa nesta terça, dia 1º/11. De acordo com ele, o pecuarista que não vacinar o rebanho será multado, pode ter a propriedade interditada e os animais que circularem de um Estado para o outro correm o risco de ser sacrificados.
? [Os pecuaristas] devem, inclusive, denunciar propriedades vizinhas que não fazem a prevenção do rebanho, pois, se uma região tiver problemas, os efeitos podem afetar os vizinhos, provocando grandes prejuízos ? disse o diretor.
Ele ressaltou que o país consome 85% da carne bovina que produz e exporta o restante, o que rende R$ 10 bilhões à balança comercial.
A estimativa do Ministério é que 190 milhões de cabeças de gado sejam vacinadas no país. No total, 20 mil profissionais trabalham na área de defesa e prevenção sanitária, em todo o país, segundo o diretor.
Segundo ele, com o intuito de evitar que o foco de febre aftosa registrado no Paraguai cause prejuízos ao rebanho nacional, o Brasil reforçou a fiscalização de fronteira, com apoio das Forças Armadas e proibiu a circulação de animais. Qualquer tentativa de burlar a vigilância em passagens clandestinas será considerada crime de contrabando e descaminho, alertou o diretor.
Ele informou também que vai se reunir em novembro com autoridades da defesa agropecuária da Bolívia para que a campanha de vacinação seja feita lá também.
? O Brasil mostra que é um companheiro dos países vizinhos no fortalecimento da estrutura veterinária, como está fazendo também com o Paraguai.
> Acesse o site especial sobre a febre aftosa