Na última quinta-feira, dia 15, o IBGE divulgou os dados da pesquisa trimestral de abate referentes ao terceiro trimestre de 2016. O Brasil reduziu sua produção de carne em 1,21% no comparativo com 2015 (acumulado janeiro-setembro) em função do menor número de bovinos abatidos.
O recuo no volume produzido poderia ter sido maior, não fosse a quantidade de carne recorde gerada por cada carcaça abatida. Segundo balanço do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), as carcaças bovinas renderam em média 247,06 kg de carne por cabeça neste ano, mas em Mato Grosso esse valor foi de 263,85 kg, valores recordes históricos, e podem demonstrar uma tecnificação da produção no estado com bovinos cada vez mais pesados enviados à linha de abate.
Mercado externo
No exterior, os resultados estão aquém das expectativas. No fim do ano de 2015, o mercado estimava que as exportações de carne bovina iriam crescer em 2016 na comparação anual. A abertura de novos mercados e a intensificação de negócios com antigos parceiros comerciais eram as principais justificativas para esse possível incremento.
E até o momento essas perspectivas vão se confirmando para o Brasil, visto que, no acumulado de janeiro a novembro, o país já enviou 1,43 milhão de toneladas de equivalente carcaça para o exterior, volume 1,34% maior do que o enviado no mesmo período de 2015. Ou seja, as exportações brasileiras de carne bovina têm se saído bem, O mesmo, no entanto, não se pode dizer dasexportações mato-grossenses, que registraram diminuição de 7,99%. Segundo o Imea, o momento é de traçar metas para para a bovinocultura de corte de Mato Grosso em 2017, visando a expansão do mercado externo.