O Brasil deve ser o primeiro país a usar o sistema de bons ofícios do Comitê de Medidas Sanitárias da Organização Mundial do Comércio (OMC) para discutir as barreiras comerciais que a União Europeia e o México impõem à carne suína brasileira. Em Genebra, na Suíça, o executivo do Ministério da Agricultura, Eumar Novacki, discute os próximos passos da negociação.
Para Odilson Luiz Ribeiro, secretário de relações internacionais do Ministério da Agricultura, os dois mercados se negam a reconhecer os controles sanitários praticados no Brasil. “O Brasil tem regiões livres de determinadas enfermidades e o México não está reconhecendo essas zonas livres que já foram reconhecidas do ponto de vista internacional. Já com a União Europeia, já mostramos o nosso que o nosso controle é oficial e estamos encontrando dificuldade de conhecimento desses sistemas”, disse.
O secretário também adiantou que Brasil e Estados Unidos devem fechar acordo para importação e exportação de carne bovina in natura em breve. Atualmente, os americanos compram apenas carne bovina processada.
“Nós ainda precisamos calcular o tipo de carne que vai ser vendido, a cota que a gente vai poder acessar pra ter uma ideia de volume. A gente está na fase de discussão sobre certificação sanitária da carne. Nós esperamos que a gente possa finalizar o processo no dia 28 de julho e eu sei que os Estados Unidos têm grande interesse de exportar picanha pro Brasil e nós temos interesse em exportar carne de boa qualidade pros Estados Unidos também”, falou Ribeiro.
No próximo final de semana, uma missão brasileira irá aos Estados Unidos para verificar o sistema de produção americano.