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Brasil vai poder vender aos EUA até 60 mil toneladas de carne bovina in natura por ano

Em cerimônia no Palácio do Planalto, em Brasília, o presidente interino Michel Temer e embaixadora americana Liliana Ayalde trocaram documentos marcando a abertura dos mercados

Fonte: Beto Barata/PR

Os governos do Brasil e dos Estados Unidos formalizaram nesta segunda-feira, dia 1º, a abertura do mercado norte-americano para a carne bovina in natura brasileira. Inicialmente, a cota estipulada para o Brasil será de 60 mil toneladas por ano. Acima dessa quantidade, o produto brasileiro terá que pagar taxa de 26% para entrar no mercado americano.

Ao lado da embaixadora dos Estados Unidos no Brasil, Liliana Ayalde, o presidente interino Michel Temer participou de uma cerimônia no Palácio do Planalto que marca a troca de cartas entre os dois países.

Com expectativa de aumentar em até US$ 900 milhões os ganhos com exportações, a previsão é que os primeiros embarques do produto comecem daqui a três meses. A Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), no entanto, acredita que os primeiros embarques comecem nos próximos 30 dias. Hoje, 19 frigoríficos já exportam carne processada para os EUA e têm condições de vender o produto in natura. Mas ainda falta fazer algumas adequações nas plantas.

Com a chamada “equivalência dos controles oficiais de carne bovina”, tanto o Brasil poderá vender o produto ao mercado norte-americano, quanto os Estados Unidos para o brasileiro. As indústrias nacionais ainda não sabem que produtos vão interessar. 

A embaixadora Liliana Ayalde disse que Brasil e EUA são os maiores países em produção agrícola e que têm os mesmos desafios. “Acho que em conjunto podemos fazer muito”, afirmou. Segundo ela, os dois países têm “uma gama de áreas” que estão sendo trabalhadas em conjunto para identificar onde é possível retirar barreiras burocráticas. 

A maior conquista dessa negociação, segundo o governo brasileiro, é a possibilidade de abertura de outros mercados que seguem as mesmas regras dos Estados Unidos. Alguns já iniciaram as negociações, como o Canadá, que deve enviar uma missão ao Brasil em breve.

Atualmente, o Brasil vende apenas carne bovina industrializada para os EUA. O país tem exigências sanitárias que impediam a assinatura do acordo de hoje desde o início das conversas, em 1999. “Grande conquista! Muito bom passarmos pelo rigor dos Estados Unidos”, escreveu o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, em sua conta no Twitter.

O ministro esteve em Washington na semana passada para finalizar os entendimentos. De acordo com o governo, os frigoríficos brasileiros terão uma cota de até 64,8 mil toneladas por ano de carne fresca e congelada para exportar aos Estados Unidos.

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