Em maio, será a vez dos outros Estados. Sete vão ter uma nova regra: Espírito Santo, Mato Grosso, Mato Grosso Do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul e São Paulo irão imunizar apenas os animais de até 24 meses. Antigamente, todo o rebanho era vacinado duas vezes por ano.
? O trabalho que tem sido feito junto ao Ministério da Agricultura, pelos Estados produtores é uma meta importantíssima para a pecuária brasileira. A gente ficará livre de aftosa do nosso país e, em um futuro mais próximo, livre de aftosa do continente sul-americano ? afirmou o secretário de Agricultura de São Paulo, João Sampaio.
De acordo com a Secretaria de Agricultura de São Paulo, o objetivo é de que num prazo de até três anos, São Paulo se torne livre de aftosa sem vacinação. Com isso, países como Estados Unidos, Coréia e Japão podem virar importadores. A vantagem para o Brasil é que eles pagam melhor.
Atualmente, o Brasil exporta carne para mais de 150 países, mas os mercados que melhor remuneram estão fechados para a carne brasileira.
Segundo o Ministério da Agricultura, o consumo da vacina deve aumentar nesse ano. A expectativa é de sejam adquiridos 386 milhões de doses pelos pecuaristas brasileiros. No ano passado, foram comercializados 360 milhões de vacinas, um mercado que vem atraindo a atenção de empresas do exterior. No último encontro entre o presidente Lula e a presidente da Argentina Cristina Kirchner foi discutida a possibilidade das vacinas contra a febre aftosa argentinas entrarem no mercado brasileiro.
O presidente do Conselho Nacional da Pecuária de Corte, Sebastião Guedes, conta que o Brasil era contra a importação desta vacina, pois poderia colocar em risco a sanidade animal brasileira. Entretanto, ele ressalta que se a vacina argentina entrar no Brasil, não deve causar grandes impactos para a indústria daqui.