O resultado dos primeiros testes foi apresentado nesta quarta, dia 8, em Brasília. Os chips projetados pelo Centro Nacional de Tecnologia Eletrônica Avançada (Ceitec) foram testados em 250 vacas leiteiras em Minas Gerais e em outros 3 mil animais de corte em Mato Grosso do Sul. Nenhum dos dispositivos apresentou falha.
O chip desenvolvido no Rio Grande do Sul é um quadradinho pequeno, mas poderoso. É ele que armazena a identidade do animal. Uma parte do brinco, quando passa pelo leitor eletrônico, permite ao produtor ver todas as informações sobre o rebanho. Com a produção deste dispositivo, o preço final do brinco deve cair até 40%.
? Hoje é um produto que nós compramos de fornecedores asiáticos ou europeus. Vamos economizar com importação e poder viabilizar a produção local do produto acabado, do brinco que incorpora o chip ? afirma o presidente da fabricante de brincos bovinos Allflex, Didier Simon.
Por enquanto, o material projetado no Brasil está sendo produzido na Alemanha, como explica o presidente da Ceitec, Cylon Gonçalves da Silva.
? Está sendo feito na fábrica que vai nos transferir a tecnologia e exatamente com o mesmo processo. A partir de 2012, nós estaremos produzindo esse chip do boi em Porto Alegre.
Tecnologia que deve abrir novos mercados para a carne brasileira.
? Cada vez mais para vender carne para o Exterior é preciso mostrar o termo que chama rastreabilidade. Ou seja: a história do boi, por onde ele passou, quando foi vacinado, quem são os pais. E ela vai garantir à agropecuária brasileira qualidade pra exportar pra qualquer lugar do mundo ? diz o ministro da Ciência e Tecnologia, Sérgio Rezende.