Quando a tarefa é agradar o comprador, a Cabanha Catanduva, de Cachoeira do Sul, não fica atrás. Fábio Gomes, um dos proprietários, não abriu mão de ter a cozinheira da família no remate. A tarefa de Nair Sena é cuidar de pertinho das saladas e das sobremesas servidas aos convidados em um almoço que antecede os negócios. De talento reconhecido por quem frequenta a casa dos Gomes, ela também prepara seu próprio doce, como foi o caso da torta de frutas que serviu durante o remate realizado em Esteio.
? Como o pai é muito exigente com a comida, faz questão de levar a cozinheira. Esse carinho é importante e, às vezes, é pesado ficar a tarde inteira sentado ? brinca a filha Fabiana Gomes, uma das proprietárias da fazenda.
A gastronomia tem um papel de destaque também no remate da São Bibiano, de Uruguaiana. Além do churrasco com cortes da melhor qualidade, uma mesa com doces, colocada estrategicamente nos gramados próximos à pista do leilão chama atenção pela variedade e delicadeza.
? Minha mulher dá um toque feminino ao ambiente e fazemos questão que todos se sintam bem na nossa casa. Sabemos que o foco é o gado, mas um leilão tem seus pormenores. Quando recebemos amigos queremos oferecer o melhor ? completa o proprietário, Antônio Bastos.
Abrindo o calendário da temporada, a Gap, de Uruguaiana, também investe pesado quando o assunto é tratamento diferenciado. Um grupo de quase cem pessoas compõe a organização do leilão.
O santo protetor que dá nome à cabanha, São Pedro, não é esquecido. Já é praxe todos os trabalhadores se reunirem em um galpão e, com a imagem no centro de uma roda, fazerem orações para que tudo corra bem.
Além dos petiscos e bebidas servidos durante a venda dos animais, um jantar de confraternização com amigos e compradores ao final do dia é um dos mais concorridos.
? É importante darmos esse tratamento diferenciado, comprar um vinhozinho importado, um doce especial, para essas pessoas que esperam o ano inteiro para comprar conosco ? diz o diretor comercial da Gap, Paulo Sérgio Silva.