O processo de fabricação do cabresto começa com o corte do couro, depois coloca-se a argola e aos poucos o acessório vai tomando forma.
— É a marca, o diferencial. Com o cabresto personalizado você sabe de qual fazenda é aquele animal — afirma o pecuarista Elcio Gabotti.
A personalização e a corrente cromada dos cabrestos para bovinos se tornou a marca do seleiro Carmelito de Lima, 63 anos, há mais de 40 na profissão. Desde que começou a fabricar os cabrestos, Lima já colocava o nome das fazendas em algumas peças.
— Era recortado no couro, letra por letra, e depois colado — comenta.
Depois, o seleiro passou a bordar a marca do criador no nylon que reveste o couro. O primeiro pecuarista que fez um pedido desse foi Cláudio Carvalho, da fazenda Naviraí, na década de 80. Desde então, o trabalho ficou mais sofisticado. O couro começou a ser revestido por pequenas tiras de veludo, que são cuidadosamente trançadas. Destaque também para as cores.
Um dos motivos de alegria para o artesão é saber que do ofício dele vivem muitas famílias. Só na fabricação do cabresto são sete funcionários.
Alguns cabrestos são banhados a ouro, mas são produzidos em pequenas quantidades. O valor de cada um é cerca de R$ 140,00, o dobro do produto normal, e só é usado em grandes apresentações.
— O pecuarista cria o animal com todo cuidado, daí chega na exposição e quer um produto à altura — afirma o gerente comercial Marcelo Fabiano de Lima.
Por mês, a fábrica produz cerca de 1,2 mil cabrestos. No período que antecede a Expozebu o movimento é maior. A feira segue até o dia 10 de maio.