Ele relata que o órgão está analisando três operações de compra do JBS, no Acre, em Rondônia e em Mato Grosso, que foram congeladas até que seja feita uma análise mais profunda. Na fase atual os técnicos estão realizando estudo setorial, com mapeamento da cadeia produtiva e do movimento de mudança estrutural, para ter uma visão ampla do setor quanto aos seus aspectos competitivos.
Durante o encontro, que reuniu representantes dos frigoríficos, produtores rurais, supermercados e parlamentares, ficou decidido que será criado um Conselho em busca de uma solução para o impacto da concentração do setor sobre os preços pagos aos criadores.
– Sem dúvida nenhuma o diálogo é a única forma de você chegar a um consenso em qualquer coisa – disse o presidente do Grupo JBS, Wesley Batista. Segundo ele, a criação de um conselho é um grande passo e vai identificar um índice de preço.
JBS nega concentração no setor
O presidente do Grupo JBS disse nesta terça, durante a audiência, que existe um processo de consolidação no setor, mas que está longe de ser um monopólio.
– Quando olhamos do lado da JBS não achamos mercado concentrado – disse o executivo.
Em sua explanação, Batista citou dados sobre o setor frigorífico no Brasil, apontando que existem 1,5 mil abatedouros, enquanto o JBS tem apenas 45 plantas. Segundo ele, no ano passado o JBS abateu menos de 6 milhões de cabeças de bovinos, ante mais de 40 milhões de cabeças abatidas em todo País.
O presidente do grupo descartou restrições à concorrência e afirmou que existem mais de 100 frigoríficos fechados no Brasil, que podem ser abertos em apenas uma semana, “sem necessidade de dinheiro, apenas comprando boi a prazo e vendendo carne à vista”.