Segundo explicou o conselheiro Ricardo Ruiz, a BRF não poderia mais crescer por meio da compra de outras empresas, o que reduz ainda mais a concorrência no mercado. Ela deveria fazê-lo através da expansão de sua capacidade interna de produção. As informações foram publicadas em reportagem publicada na edição de hoje do jornal Valor Econômico.
? Todo o termo assinado com o Cade indica que a empresa chegou num patamar que é o limite ? afirmou o conselheiro
Ruriz deu o voto condutor da decisão que aprovou a criação da companhia, com uma série de condições. Ele reiterou que o Termo de Compromisso de Desempenho (TCD) indicou claramente “uma preocupação muito grande com o efeito da competição via aquisições”. Ao unir as estruturas de Sadia e Perdigão, a BRF teria atingido, portanto, o grau máximo de aquisições aceitas pelo órgão.
O procurador-geral do Cade, Gilvandro Araújo, entrou em contato com representantes da BRF para ter informações sobre novas aquisições. Ele foi informado que nada foi fechado até essa terça, dia 27. Na semana passada, a BRF informou ao mercado que está negociando a compra de alguns ativos relacionados com a operação de produção e abate de suínos da Doux Frangosul, localizada no distrito de Ana Rech, em Caxias do Sul (RS). A empresa também inaugurou uma unidade de processamento de suínos, em Campos Novos (SC), voltada para a exportação para os mercados chinês e japonês.