O Departamento de Sanidade Vegetal da Secretaria de Defesa Agropecuária do Mapa está elaborando uma proposta de normativa, que prevê um Sistema de Mitigação de Risco para o cancro cítrico. A idéia é viabilizar a comercialização das frutas de regiões onde a bactéria que causa a doença é endêmica. Atualmente, a praga é encontrada em toda a região Sul e nos Estados de São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Roraima e Maranhão.
? O controle do cancro cítrico, pela legislação vigente, é realizado por meio da eliminação da planta comprovadamente infectada e de todas as plantas em um raio mínimo de 30 metros ? explica o coordenador-geral de Proteção de Plantas do Mapa, Elyson Amaral.
Segundo ele, a adoção do Sistema de Mitigação de Risco no país permite que produtores localizados em áreas afetadas possam comercializar frutos frescos para outros Estados, desde que adotem as medidas previstas pela legislação, devidamente atestadas em um certificado fitossanitário de origem.
A solicitação do setor produtivo de revisão da Instrução Normativa n° 53/2008, que trata das ações de prevenção e controle do greening, também esteve na pauta.
? Consideramos pertinente o pedido e planejamos fazer uma reunião com a presença de pesquisadores, de representantes do setor produtivo e de técnicos da área de fitossanidade dos Estados para discutir a questão da forma mais ampla e transparente possível. A partir daí podemos elaborar uma proposta ainda mais efetiva no controle do greening e adequada à realidade do setor citrícola ? afirma Amaral.
O greening é considerado a praga mais destrutiva da cultura cítrica no mundo, sobretudo quanto à questão das ações de erradicação e da indenização aos produtores atingidos pela bactéria.