Segundo o presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), Antônio Camardelli, a expectativa do setor produtivo é de que o órgão modifique a classificação de risco do Brasil. Atualmente, o país tem nível dois, o que significa que o problema está controlado, mas não descartado. O segmento pede a alteração para o nível um, no qual o risco para novos casos é insignificante.
O mal da vaca louca reaparece no momento em que os Estados Unidos ganhavam força no cenário internacional de carnes. Após a confirmação do caso pelo governo norte-americano, países como Indonésia e Taiwan decidiram tirar do mercado o produto proveniente dos EUA. Em todo o mundo já foram contabilizados outros 29 casos da doença, sendo 28 na Europa e um no Canadá.
O último caso registrado no país foi em dezembro de 2003. No ano seguinte, a receita com as exportações americanas de carne bovina caíram cerca de US$ 3 bilhões, por conta do receio dos consumidores e as restrições impostas pelo Japão e Coreia do Norte. O diretor de Relações com Investidores da JBS, Jeremiah O’Callaghan, afirma que o problema não deve prejudicar as vendas do grupo brasileiro nos Estados Unidos. Ele diz que qualquer doença animal que afeta humanos provoca restrições no consumo.