Silencioso, com o olhar atento, caminha rasteiro e com aquela postura de uma fera prestes a atacar a presa. É assim que trabalham os cães de pastoreio, cada vez mais usados nas fazendas na lida com o rebanho.
Tudo é muito recente no Brasil. Não faz parte da cultura dos pecuaristas brasileiros utilizarem cães de raças especializadas em rebanhos. A Associação Paulista de Pastoreio vem fazendo um trabalho de divulgação de cães como o Boder Collie, que já tem uma seleção apurada para um bom desempenho da função.
Dorothea Rits é de Paranaíba, Mato Grosso do Sul, e viaja pelo Brasil nas competições de pastoreio. Primeiramente, Dorothea descobriu o trabalho funcional de arrebanhar com cães. Depois, veio o esporte, e com ele o relacionamento com os criadores da raça.
Para os competidores, há o desafio de convencer os pecuaristas a adotarem o pastoreio canino. Esse momento é chamado de quebrar o gado. É hora de acostumar o rebanho ao trabalho dos cães para que a competição tenha um bom aproveitamento técnico.
O instinto é apurado para arrebanhar o trabalho, e lapidar esse dom que vem da genética. Velocidade, coragem, obediência. Os sons de comando são básicos, como explica Fernando Loiola, que é dono do gringo campeão paulista de 2010 novatos ovinos e vice no pastoreio de bovinos.