Os dados foram apresentados hoje, dia 25, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nas Pesquisas Trimestrais do Abate de Animais; Trimestral do Leite; Trimestral do Couro e Produção de Ovos de Galinha.
Confira abaixo os resultados obtidos por cada setor da pecuária.
Boi
No começo do ano, foram abatidas 7,732 milhões de cabeças de gado, o que representa uma queda de 9,3% em relação ao quarto trimestre de 2014 e de 7,7% em relação ao primeiro trimestre do ano anterior.
A queda nos abates foi puxada por Mato Grosso (-179.260 cabeças), Mato Grosso do Sul (-118.023 cabeças) e Goiás (-105.748 cabeças), enquanto Pará (+48.749 cabeças) e no Maranhão (+13.590 cabeças) compensaram positivamente. No ranking nacional do abate de bovinos, Mato Grosso continua na liderança, seguido por Mato Grosso do Sul e São Paulo.
O peso acumulado de carcaças no primeiro trimestre (1,837 milhão de toneladas) representa um recuo de 10,8% em termos trimestral e de 5,9% na anual.
Em relação à aquisição de couros, o IBGE constatou que a quantidade apurada no primeiro trimestre (8,111 milhões de peças) é 7,7% menos que a registrada no quarto trimestre do ano passado e 11,9% abaixo da constatada no primeiro trimestre de 2014.
Frango
Os abates de frango no primeiro trimestre totalizaram 1,380 bilhão de cabeças, uma queda de 1,9% em relação ao período imediatamente anterior, mas um aumento de 2,1% na comparação com o mesmo período de 2014.
A região Sul respondeu por 59,2% do abate nacional de frangos no primeiro trimestre, seguida por Sudeste (20,5%) e Centro-Oeste (15,1%).
Na comparação anual, o Sul reduziu sua participação no abate nacional em 0,9%, mesmo com o aumento de 0,5% no número de cabeças de frangos abatidas no Paraná, segurando um pouco as reduções ocorridas em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul.
A região Sudeste manteve o patamar de participação, mesmo com a alta de 2,2% no volume de frangos abatidos, garantido pelo desempenho positivo de Minas Gerais e Espírito Santo.
No Centro-Oeste, os aumentos de abate em Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul foram determinantes para o crescimento de 8,1% no número de cabeças abatidas na região, elevando a sua participação no agregado nacional em 0,8%.
Ovos
Enquanto os abates de frango tiveram resultado misto, a produção de ovos bateu recorde no primeiro trimestre, somando 730,156 milhões de dúzias, um aumento de 1,6% em relação ao quarto trimestre de 2014 e de 6,2% ante o primeiro trimestre de 2014. Desde o primeiro trimestre de 2004 a produção de ovos no Brasil vem crescendo.
São Paulo lidera o ranking da produção de ovos, detendo 32,1% da produção nacional. Também foi o estado com maior aumento absoluto na produção de ovos (29.873 mil dúzias) na comparação anual.
Suínos
Outro setor a registrar resultados opostos nas comparações trimestrais e anuais foi o de suínos. Os abates totalizaram 9,170 milhões de cabeças nos três primeiros meses do ano, queda de 3,4% ante o quarto trimestre de 2014 e alta de 4,2% ante o mesmo período do ano passado.
A região Sul respondeu por 66,0% do abate nacional de suínos, seguida por Sudeste (18,7%), Centro-Oeste (14,1%), Nordeste (1,1%) e Norte (0,1%).
A região Sul apresentou aumento de 5,1% no número de cabeças abatidas na comparação anual, ampliando a sua participação no abate nacional em 0,6 ponto percentual (pp), por conta dos incrementos em Santa Catarina e no Paraná.
O Sudeste manteve o mesmo nível de participação, apesar de São Paulo, Minas Gerais e Espírito Santo terem apresentado desempenho positivo, resultando em aumento de 3,9% no número de cabeças abatidas na região.
A região Centro-Oeste perdeu 0,5% de participação, apesar do incremento de 0,4% no número de cabeças de suínos abatidas, com o desempenho positivo de Mato Grosso do Sul, Goiás e Distrito Federal conjuntamente suplantando o resultado negativo de Mato Grosso.
Leite
As indústrias processadoras adquiriram 6,128 bilhões de litros de leite no primeiro trimestre, queda de 6,2% em relação ao trimestre anterior e de 1% frente ao primeiro trimestre de 2014.
A queda na comparação anual foi puxada por Goiás (-44,500 milhões de litros), Minas Gerais (-23,041 milhões de litros) e São Paulo (-19,141 milhões de litros). Parte dessas quedas foi compensada por aumentos em Santa Catarina (+50,098 milhões de litros), Paraná (+22,275 milhões de litros) e Mato Grosso do Sul (+11,091 milhões de litros).
No ranking nacional da aquisição de leite, Minas Gerais continua na liderança, seguido por Rio Grande do Sul e Paraná.