Um dos motivos citados pelo Imea para a diminuição da previsão do rebanho confinado em Mato Grosso diz respeito aos gastos com a aquisição do animal para ser terminado no cocho, que equivalem a 70% do total da atividade. Os cálculos dos custos sem considerar a aquisição de animais mostra que o gasto diário para se manter um boi engordando no cocho em julho estavam em R$ 4,69 a cabeça por dia, valor 7% acima do registrado no mesmo mês do ano passado.
– Podemos perceber que milho barato não é a única influencia para o confinamento. Outros pontos são avaliados e pesam na hora da decisão. Sem perspectiva de mercado positivo, não tem como investir em confinamento – afirma o superintendente da Acrimat, Luciano Vacari.
O levantamento do Imea mostra que os gastos com alimentação cresceram 11%, passando de R$ 2,41 por cabeça/dia para R$ 2,68 por cabeça/dia. O valor pago pela aquisição de animais também teve aumento no último ano, passando de R$ 9,12 para R$ 9,54 por cabeça/dia.
Na análise dos dados, os técnicos do Imea comentam que o desânimo dos criadores em relação à atividade se acentuou. A pesquisa do Imea constatou que 86% dos animais confinados em Mato Grosso são dos próprios entrevistados, 11% são terminados em sistema de parceria, e apenas 3% dos animais engordados no cocho estão alocados em “boitéis”. A previsão para este ano é de utilização de 78% da capacidade estática, desempenho 15 pontos percentuais abaixo de 2012.
Em relação à entrega dos animais para abate, o levantamento revelou que a maior parte dos bovinos confinados deve ser entregue em setembro (28%) e, em seguida, em outubro (20%).