>> Expectativa é de crescimento no confinamento brasileiro para próximos anos
– A melhor época foi em 2010. Nos dois anos seguintes os preços baixaram um pouco abaixo e agora voltou aos patamares de 2010 – diz o pecuarista José Ovídio Sebastiani.
Sebastiani possui uma área de confinamento com capacidade para cerca de quatro mil animais, mas atualmente tem apenas mil cabeças confinadas, sendo metade disto pertencente a produtores que arrendaram os currais. O pecuarista lembra que 2013 foi um ano atípico em São Paulo, em termos de clima, com escassez de chuva. Por conta disto, os pastos não se recuperaram e houve demanda maior para alojamento de animais nos confinamentos.
De acordo com o consultor de bovinocultura da Agroeconômica, Ari Lacôrte, os preços dos insumos aumentaram os custos de produção, o que fez os pecuaristas reduzirem o confinamento em cerca de 20%, contribuindo para a baixa oferta do boi gordo no mercado. O cenário do final do ano foi de melhora do preço por conta da demanda interna e externa firmes, bem como da oferta reduzida. Além da queda dos animais confinados, a oferta reduzida se deve ao atraso no início da chamada safra das águas, com oferta de boi a pasto. A expectativa do analista é de que em 2014 os produtores consigam valores ainda melhores.
– O preço bateu recorde em 2013 e ainda tem fôlego para subir. A entrada da safra de pasto deve reduzir essa elevação, mas quando terminar a safra, a tendência é que o preço se mantenha em patamares elevados – diz Ari Lacôrte.