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Câmara de Comércio Exterior decide abrir disputa na OMC contra África do Sul

Brasil tenta derrubar tarifas antidumping aplicadas sobre as exportações brasileiras de carne de frango para aquele mercadoO Brasil abrirá uma disputa contra a África do Sul na Organização Mundial do Comércio (OMC) para tentar derrubar as sobretaxas aplicadas sobre as exportações brasileiras de carne de frango. É possível que o mesmo seja feito em relação à carne suína, que deixou de ser importada por aquele País desde 2005. A decisão de questionar no tribunal internacional um parceiro do Brics (bloco formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) foi tomada nesta segunda, dia 11, pelos ministros que inte

A África do Sul cobra uma taxa adicional de 62,93% para aves inteiras, de 6,26% para cortes desossados da empresa Aurora e de 46,59% para cortes desossados de outros exportadores. Tecnicamente, essas sobretaxas são chamadas de direitos antidumping provisórios. A União Brasileira de Avicultores (Ubabef), que estima um prejuízo de US$ 70 milhões anuais, por isso solicitou ao governo brasileiro a abertura do processo na OMC.

No caso da carne suína, o processo encontra-se num estágio anterior. Serão iniciadas as chamadas consultas informais à África do Sul, e só caso o resultado dessas negociações não seja positivo é que a Camex poderá autorizar a abertura de um novo painel na OMC.

Estados Unidos
A Camex também autorizou a retomada imediata dos trabalhos do grupo técnico responsável por identificar, avaliar e formular propostas de implementação de medidas de retaliação comercial contra os Estados Unidos no processo, vencido pelo Brasil, que questionou os subsídios norte-americanos aos produtores de algodão na OMC.

O grupo deverá elaborar um relatório para a retomada das negociações com os Estados Unidos, caso o acordo que suspendeu temporariamente o direito brasileiro de retaliar aquele país não seja cumprido. O acordo temporário deixará de vigorar quando os EUA promulgarem a nova lei agrícola, conhecida como “Farm Bill”. Se a lei não mantiver os recursos compensatórios para o Brasil, o governo brasileiro poderá retomar a retaliação ou realizar um novo acordo com os EUA.

Em agosto de 2009, o Órgão de Solução de Controvérsias da OMC concedeu ao Brasil o direito de retaliar os EUA em função da concessão de subsídios ilegais ao algodão. De acordo com a decisão, o Brasil poderia aplicar retaliação até o equivalente a US$ 829 milhões em bens exportados para o país ou sobre serviços ou direitos de propriedade intelectual. A suspensão do direito do Brasil retaliar ocorreu em troca de contrapartidas pelo lado americano, como a compensação temporária de US$ 147,3 milhões anuais ao setor cotonicultor brasileiro.

Gado em Pé
Além disso, a Camex decidiu negar o pedido da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), da União Nacional da Indústria e Empresas da Carne (Uniec) e da Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo) de sobretaxar com 30% de imposto de exportação as vendas brasileiras ao Exterior de bovinos vivos. Os frigoríficos alegavam que a exportação de gado vivo registrou um acentuado crescimento nos últimos anos, o que estaria limitando a oferta de carne no Brasil.

Porém, de acordo com os dados de comércio exterior e de comercialização interna, analisados pela Camex, o volume das exportações não tem aumentado de modo a ameaçar o suprimento nacional. O rebanho e o consumo de carne e de couros no Brasil têm aumentado, apesar do crescimento das exportações de bovinos vivos.

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