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Câmara do Leite apresenta propostas para evitar fraudes no setor no Rio Grande do Sul

Entre as medidas, está a adesão pelo Estado da Instrução Normativa que regulamenta a produção, identidade e qualidade do leiteA Câmara Setorial do Leite no Rio Grande do Sul se reuniu nessa segunda, dia 13, na sede da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Agronegócio (Seapa) para avaliar o prejuízo sofrido pela cadeia produtiva do leite em função dos episódios recentes de adulteração do produto no Estado.

O secretário da Agricultura, Luiz Fernando Mainardi, propôs um conjunto de medidas que visam evitar a ocorrência de fraudes. Entre elas, a necessidade de reforçar as equipes de fiscalização, o que pode ocorrer mediante a contratação emergencial ou efetivação do concurso já aprovado para a Defesa Agropecuária do Estado.

Outro ponto sugerido pelo secretário foi a adesão, pelo Estado, da Instrução Normativa nº. 62, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) que, por meio de normas técnicas mais rigorosas regulamenta a produção, identidade e qualidade do leite.

Também foi proposto o aumento do crédito presumido em contrapartida à adesão das indústrias que atuam com fiscalização estadual ou municipal ao Sistema Brasileiro de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Sisbi-POA). O crédito deveria ser usado para que estes laticínios investissem na melhoria das suas plantas industriais.

Outras medidas devem ser negociadas internamente no governo e com os integrantes da Câmara Setorial, na expectativa de que possam ser anunciadas na abertura da Expoleite, marcada para o próximo dia 16, no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio (RS).

Para o secretário da Agricultura, Luiz Fernando Mainardi, estes eventos prejudicam todo o setor, uma vez que passa a haver descrédito por parte do consumidor e, por outro lado, demonstram com clareza que o Estado precisa avaliar o sistema como um conjunto, como acontece nas Câmaras Setoriais, principalmente no que se refere às questões de sanidade e inspeção.

– Precisamos virar a página e resgatar a credibilidade do setor. O nosso sentimento é de construir uma reação forte para comprovar a qualidade do nosso leite”, assegurou o secretário.

O presidente do Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados (Sindilat/RS), Wilson Zanatta, defendeu que não houve negligência por parte da indústria, já que eram exigidos 21 testes, mas somente a partir de 18 de fevereiro que o teste específico para detecção do formol passou a ser cobrado pelo Ministério Público.

Para Gilberto Piccinini, representante da Organização das Cooperativas do Rio Grande do Sul (Ocergs), é necessário ter serenidade “essa é a oportunidade que temos para corrigir os erros e pensar o futuro. Ao invés de destacar culpados, precisamos aproveitar o momento para organizar a cadeia”.

Entenda o caso

O Ministério Público do Rio Grande do Sul, com apoio do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), da Receita Estadual e da Brigada Militar, deflagrou na quarta, dia 8, a Operação Leite Compen$ado, que apura, desde 2012, a adulteração de leite no Estado. A investigação apontou que cinco empresas de transporte de leite adicionavam água e ureia, que tem formol em sua composição, para dar mais volume às mercadorias. Com o aumento do volume do leite transportado, os atravessadores lucravam 10% a mais que os 7% já pagos sobre o preço do leite cru. O MP suspeita que o esquema possa ter adulterado até 100 milhões de litros nos últimos 12 meses. As marcas que tiveram lotes de leite suspensos do mercado são Italac, Bom Gosto/Líder, Mu-Mu, Latvida, Hollmann, Goolac e Só Milk. A operação resultou em 13 mandados de busca e, até o momento, sete pessoas permanecem presas.

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