As duas doenças atingem o gado de corte e leiteiro. A brucelose pode ser prevenida com vacina. Já a tuberculose preocupa porque não pode ser evitada por meio da vacinação e é fatal. Nos dois casos, há risco para a saúde humana quando há ingestão de leite cru ou no contato com os animais.
O último diagnóstico nacional sobre a brucelose bovina foi feito em 1975. Na época, 7, 5% dos animais com a doença estavam na região Sudeste; no Centro-Oeste eram 6,8%; no norte e no sul do país foram detectados 4%; e no nordeste apenas 2,5%.
? Normalmente, o proprietário desconfia da brucelose quando tem algum aborto na propriedade no terço final da gestação. Da tuberculose, se desconfia quando os animais estão emagrecendo ? explica o veterinário Fábio Ximenes.
O teste da brucelose, bactéria mais comum entre as vacas leiteiras, pode ser feito a partir de um ano de idade. Nos animais já vacinados, é recomendável fazer acima de dois anos. A doença não tem cura e quando ela é constatada o gado deve ser abatido.
A campanha nacional de erradicação dessas doenças, criada em 2001, oferece crédito como estímulo para que o pecuarista tome as medidas de prevenção. Mesmo assim a adesão é baixa: apenas 126 propriedades são certificadas como livres das bactérias. A meta do governo é que até 2011esse número chegue a três mil fazendas.
? É necessário que o produtor vá a um escritório do serviço social, preencha uma formulário de adesão ao processo de certificação e inicie a fase de testes ? explica o coordenador da Câmara Setorial do Leite, José Ricardo Lobo.
O Ministério da Agricultura promete ainda para este ano um novo levantamento sobre a presença da brucelose nas propriedades brasileiras. Sobre a tuberculose, a pesquisa ainda está na fase de coleta de dados.