No Espírito Santo, Mato Grosso, Paraná e São Paulo serão imunizados apenas os bovinos e búfalos com até 24 meses de idade. Em Rondônia, a campanha, que teve início em 15 de abril, termina em 15 de maio. Em Mato Grosso do Sul, os produtores do Pantanal que optaram pela vacinação em maio devem imunizar todo o rebanho e, na região do planalto, apenas os animais com menos de dois anos.
O rebanho brasileiro é composto por 204 milhões de bovinos e pouco mais de um milhão de búfalos. Nesta etapa da campanha, até o fim de maio, 153,7 milhões de animais devem ser vacinados. No ano passado, o Ministério da Agricultura registrou cobertura vacinal média superior a 97%, em todo o país.
? Essa união entre serviço público e privado, essa concentração faz com que não tenhamos registro da circulação desse vírus no Brasil há quatro anos ? diz o secretário de Defesa Agropecuária, Inácio Kroetz.
O último caso da doença foi há cinco anos, em Mato Grosso do Sul. De lá para cá, uma série de ações foram feitas para erradicar o vírus. Apenas Santa Catarina mantém a condição de zona livre da doença sem vacinação.
A preocupação com a aftosa é tanta porque o vírus se propaga com facilidade em qualquer ambiente. Os animais infectados acabam morrendo, o que traz grandes prejuízos econômicos para os países, principalmente o Brasil que é o maior produtor de carne bovina do mundo.
Para o especialista Cristiano Melo, professor de Doenças Infecciosas da UnB, a estratégia de erradicação está no caminho certo.
? O serviço oficial está trabalhando bem. A doença está sendo erradicada, a febre aftosa, e com isso vem o reconhecimento internacional ? avaliou Melo.