Candidato brasileiro à diretoria-geral da OMC buscará consenso nas negociações comerciais

Eleição para o cargo ocorre no dia 31 de maioO candidato brasileiro à diretoria-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), embaixador Roberto Azevêdo, apresentou nesta quinta, dia 10, em Brasília (DF), suas propostas para o comando da organização. Azevêdo concorre com candidatos de outros oito países na eleição do dia 31 de maio. Se for eleito, dirige a entidade até 2017.

Entre as metas do concorrente está a busca pelo consenso nas negociações comerciais. Ele evitou, no entanto, se posicionar sobre a possibilidade do Brasil entrar com um contencioso na OMC para questionar as barreiras à venda de carne bovina brasileira. Dez países restringiram a compra do produto nacional após a confirmação de um caso atípico de vaca louca em uma vaca morta no Paraná, há dois anos.

Durante a apresentação da candidatura, o embaixador também afirmou que pretende incentivar a integração de economias menores. Azevêdo falou ainda sobre a importância do Brasil concorrer ao posto. Segundo ele, o país tem tudo para contribuir e fortalecer o sistema multilateral de comércio.

– Vejo o Brasil como ativo, e não como passivo. O Brasil é um membro fundador da OMC, que é visto  como um país que articula soluções, que lutou de uma maneira extraordinária para fazer avançar as negociações multilaterais. Todos os membros da OMC sabem disso, conhecem isso, esse nosso histórico – declarou.

O embaixador acredita que o fato de representar o Brasil pode ser um ponto a favor na disputa.

– Acho que ser um brasileiro, vir do Brasil e ter o histórico diplomático que o Brasil tem no sistema multilateral, para mim, é um aditivo. É uma coisa muito positiva e que só ajuda na minha campanha – destaca.

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