– A notificação no RASFF não significa necessariamente a devolução da carga. A ação tomada depende de análises posteriores à notificação. Anteriormente, somente em 2009 houve uma notificação de E. coli para carne bovina brasileira – disse a associação.
A Abiec também comentou que outras duas notificações foram registradas em Roterdã, na Holanda, mas atribuiu o fato à mudança de metodologia e ao escopo das análises aplicadas para E.coli pela autoridade veterinária holandesa. Segundo a entidade, esta mudança de metodologia é decorrente do grave surto de E.coli ocorrido em 2011 na Europa quando diversas mortes e problemas de saúde foram registrados pelo consumo de verduras contaminadas.
– Esta nova metodologia não é harmonizada entre os países membros da União, não tem bases científicas sólidas, não é elaborada com análise de risco definida e não é aplicada na Europa como é aplicada na carne importada – destacou a Abiec. Além do Brasil, conforme a associação, Austrália, Estados Unidos, Argentina e Uruguai fazem duras críticas e estão em negociações técnicas com as autoridades da região.
– A Abiec pretende ainda sugerir formalmente ao Ministério da Agricultura que seja implantado no Brasil um sistema de alerta para vistoria e análise de produtos importados, como forma de garantir a equivalência no tratamento sanitário dispensado ao Brasil por seus parceiros comerciais – declarou.