Os resultados também mostram que 85% das famílias entrevistadas consideram o frango uma carne saudável. Prazo de validade e aspecto do produto, ambos com 38%, foram os principais critérios mencionados pelos entrevistados na hora de decidir que proteína comprar, sendo que 35% citaram o preço. No caso do frango inteiro, o aspecto do produto ficou com 37% e o preço, com 36%.
– Tínhamos a percepção de que o consumo de carne de frango era exclusivamente ligado a preço. E agora sabemos que não; é uma questão de preferência, de gosto, de hábito alimentar -, disse o diretor técnico da Ubabef, Ariel Mendes.
O executivo, porém, comentou que o fator preço pode continuar a exercer influência na escolha dos consumidores.
– A carne bovina continuará sendo um artigo de ‘luxo’, com valores mais altos. E a carne de frango vai continuar ocupando esse lugar -, completou.
Dos entrevistados, 47% consomem cortes de frango, 20% preferem frango inteiro e 33% compram tanto frango inteiro quanto em cortes. A coxa e a sobrecoxa são os produtos mais consumidos pelas famílias do Sul, Sudeste e Centro Oeste e também nas classes A e B. No Nordeste e Norte e nas classes C,D e E, a preferência é pelo frango inteiro.
No ano passado, o Brasil produziu mais de 13 milhões de toneladas de carne. Cerca de 9 milhões ficaram no mercado interno. Para o diretor de mercados da Ubabef, Ricardo Santin, apesar da forte presença nos lares brasileiros e de um consumo per capita/ano de 47 quilos, ainda há espaço para o consumo de frango crescer.
– Pela pesquisa, observamos consumidores que querem carnes mais nobres e de mais qualidade. Talvez esse consumidor esteja consumindo menos frango, por falta de informação e sofisticação dos itens -, afirmou.
Apesar disso, o preço da carne vem caindo. No primeiro bimestre deste ano, o produtor recebeu, em média, R$ 2,70 pelo quilo do produto. No mesmo período de 2011, o valor era de R$ 3,00. Segundo a Ubabef, o setor precisa de estímulos do governo para continuar crescendo.