O volume de carne suína in natura exportada na parcial de agosto já atingiu a quantidade embarcada em todo o mês de agosto de 2015, informou o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq-USP), com base nos dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex). As vendas externas somam 42,1 mil toneladas nos 15 primeiros dias úteis de agosto/2016, com média diária de 2,8 mil toneladas. A se manter essa média, o total exportado no mês será recorde, de 65 mil toneladas, calcula o Cepea.
“As exportações nacionais têm superado em muito as do ano passado, exceto em julho. No acumulado dos primeiros sete meses, o volume já era 42% maior”, lembra o centro de pesquisas.
China e Hong Kong são os principais responsáveis pelo aumento dos embarques externos da proteína brasileira. De janeiro a julho, os chineses já compraram 54 mil toneladas a mais ante em igual período de 2015 – além disso, tem pago valor 28% superior pelo produto nacional, em comparação com 2015.
No ano passado, o mercado chinês não era tão aberto para o produto nacional quanto em 2016 – o Brasil tem 11 plantas habilitadas a exportar carne suína para o país asiático, segundo o Ministério da Agricultura. “Hong Kong, por sua vez, elevou as compras em 36 mil toneladas, mesmo já sendo o segundo maior importador da carne suína brasileira”, informa o Cepea.
Na média de janeiro a julho deste ano, a tonelada de carne suína comprada pelos chineses foi cotada a US$ 2.151,40. O faturamento no ano com o país aumentou em US$ 116 milhões. No acumulado dos primeiros sete meses do ano, foi responsável por 13% dos embarques nacionais.
No mesmo comparativo, o preço médio da carne para Hong Kong caiu 15%, para US$ 1.765,10/t, mas foi compensado pelo aumento em volume – o montante recebido até julho aumentou em US$ 45 milhões. Esse cenário tem ajudado a balancear melhor os países na pauta de exportações brasileiras da carne.