O Rio Grande do Sul conta com, aproximadamente, 12 milhões de cabeças de gado. Pelo clima úmido e perfil genético do rebanho, majoritariamente composto por taurinos, as infestações de carrapatos são mais comuns.
De acordo com a Fundação Estadual de Pesquisa Agropecuária (Fepagro), o impacto é significativo, visto que animais livres de parasitas podem ganhar até 40 quilos a mais em 26 semanas de pastejo.
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A entidade aponta que, extrapolando esses dados para o rebanho nacional, estima-se uma perda de 1,7 milhão de toneladas de carne bovina por ano, o que representa cerca de 15% da produção brasileira.
Prejuízos aos pecuaristas
Em termos econômicos, outros estudos apontam que as pragas geram aos pecuaristas do país perdas estimadas em US$ 6,8 bilhões anuais.
Isso porque os prejuízos determinados por carrapatos resultam tanto de sua ação direta, como irritação, espoliação de sangue e tecidos nos animais parasitados, quanto dos efeitos indiretos, relacionados aos custos de tratamento, transmissão de doenças e danos ao couro.
O carrapato Rhipicephalus microplus, por exemplo, que figura entre os principais a afetar o rebanho gaúcho, de acordo com a Fepagro, apresenta ciclo de vida prolongado na pastagem e transmite agentes causadores da Tristeza Parasitária Bovina, além de favorecer o desenvolvimento de miíases por meio de lesões cutâneas.
Para combater o parasita em território gaúcho, o veterinário da Vetoquinol Saúde Animal Felipe Pivoto, defende a criação de um calendário sanitário, visto que o clima no Rio Grande do Sul permite a ação de mais de três gerações do parasita por ano.