Ceará, Maranhão e Piauí são reconhecidos como livres de aftosa

Ministro da Agricultura diz que assinatura da Instrução Normativa é mais um impulso para que os Estados possam ampliar os negóciosO ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Antônio Andrade, assinou nesta terça, dia 3, com os governadores do Ceará, Cid Gomes, e Piauí, Wilson Nunes Martins, as Instruções Normativas reconhecendo os Estados do Ceará e Piauí como zonas livres de febre aftosa com vacinação. Na tarde de terça, dia 2, o ministro assinou a mesma norma com a governadora do Maranhão, Roseana Sarney.

– Devemos estes avanços a nossa gente, que trabalha e se esforça para ampliar cada vez mais a produtividade nos campos brasileiros. A assinatura desta Instrução Normativa é mais um impulso para que os estados possam ampliar os negócios agropecuários e melhorar o padrão genético do rebanho – explica o ministro.

Com a assinatura da instrução normativa, serão beneficiados 340 mil criadores de bovinos – maior número registrado entre os novos estados da zona livre – e 170 mil propriedades no Ceará. No Piauí, serão 62 mil propriedades e 72 mil criadores de bovinos. O governo federal investiu R$ 2 milhões no serviço veterinário no Ceará e, no Piauí, R$ 5,3 milhões.

Além do Piauí e Ceará também foram reconhecidos nacionalmente os Estados do Maranhão, norte do Pará, Pernambuco Paraíba, Alagoas e Rio Grande do Norte como áreas livres da doença com vacinação. Cerca de 22,6 milhões de cabeças de gado, foram reconhecidos nacionalmente.

Para comprovar a ausência de febre aftosa nestas unidades da federação, os serviços veterinários oficiais foram submetidos a várias auditorias do Mapa. Mais de 1,9 mil propriedades foram monitoradas e 68 mil animais passaram por inspeções clínicas, seguindo critérios técnicos reconhecidos internacionalmente.

Maranhão livre da doença

A governadora Roseana Sarney e o ministro da Agricultura assinaram a Instrução Normativa que certifica nacionalmente o Maranhão como Zona Livre de Febre Aftosa com Vacinação. A nova classificação sanitária é uma antiga reivindicação dos criadores e abre novas perspectivas para a pecuária maranhense.

Roseana Sarney afirmou que o setor agropecuário maranhense, que responde por 17% do PIB estadual, dá um grande salto com a nova classificação.

– A pecuária é uma de nossas mais importantes atividades econômicas e a assinatura dessa portaria tem um significado emblemático para o meu governo, pois foi no meu segundo mandato que, em parceria com a associação dos criadores, à época comandada por Cláudio Azevedo, que iniciamos essa grande cruzada contra a febre aftosa. Esse cenário de crescimento que vislumbramos para a pecuária do Estado a partir de agora, fruto do compromisso e empenho do meu governo, do Ministério da Agricultura e dos criadores, é uma conquista de todos que trabalham por um Maranhão forte e desenvolvido, um Maranhão de oportunidades – assinalou Roseana.

O ministro Antônio Andrade ressaltou o trabalho da governadora Roseana Sarney ao conseguir que o Maranhão cumprisse todos os critérios estabelecidos pelo Mapa, se destacando com algumas ações, além de ter ajudado outras federações na realização da sorologia dos animais e criação de agência de defesa agropecuária e do Fundo de Desenvolvimento da Pecuária.

– Sei da importância do trabalho que foi realizado e preciso que o Maranhão continue ajudando outros Estados. Essa classificação vai valorizar ainda mais o rebanho maranhense de quase 8 milhões de bovinos e bubalinos – pontuou.

O pleito para a certificação internacional junto à Organização Mundial de Saúde Animal será enviado pelo Mapa, no mês de outubro e a previsão é de que em maio de 2014 o Maranhão seja classificado internacionalmente, junto com os Estados do Pará, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Alagoas e Paraíba, que formaram um bloco que faz parte do programa de ampliação da zona livre de febre aftosa.