Ceará quer ser reconhecido como área livre de febre aftosa

Estado está há 12 anos sem registro de focos da doençaO governador do Ceará, Cid Gomes (PPS), pediu nesta quarta, dia 14, ao ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro Filho, que apoie a reivindicação do Estado que pretende ser reconhecido como área livre de febre aftosa com vacinação. Atualmente, o Ceará é classificado junto à Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) como de risco médio da doença, junto com Alagoas, o Maranhão, Pernambuco, a Paraíba, o Rio Grande do Norte, Piauí e a região centro-norte do Pará.

Cid Gomes argumentou que o Ceará está há 12 anos sem registro de focos de aftosa. O rebanho bovino estadual é de 2,5 milhões de cabeças e o índice de vacinação atingiu 97% na última campanha de imunização do gado contra a doença. Ele disse que há quatro anos e meio o governo tem investido nas ações de defesa agropecuária para melhorar a classificação junto à OIE.

O governador explicou que o principal benefício da elevação do status em relação ao controle da aftosa não está nos ganhos que a pecuária de corte pode obter e sim no fato de melhorar a imagem do Estado junto aos países que importam outros produtos, principalmente frutas, especialmente o melão. Segundo os dados da Secex, o porto de Pecém responde por 31% das exportações brasileiras de frutas.

Gomes afirmou que o objetivo é tornar o Porto do Pecém uma principais vias de escoamento das exportações brasileiras de carne do Centro-Oeste e da região do semiárido do Piauí e da Bahia. De janeiro a agosto deste ano foram embarcadas 18,7 mil toneladas de carne. Outra atividade que vem ganhando destaque é a exportação de couro, na qual o Ceará já ocupa o quarto lugar no ranking nacional.