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A expansão contínua das terras agrícolas em áreas selvagens, juntamente com um ‘boom’ mundial da produção animal, significa, segundo o diretor-geral assistente da área de agricultura e defesa do consumidor da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), Ren Wang, que “o gado e os animais selvagens estão mais em contato uns com os outros, e nós mesmos estamos mais em contato com os animais do que nunca”.
– Não podemos lidar com a saúde humana, a saúde animal e a saúde do ecossistema de forma isolada, temos de olhar para eles juntos, e abordar os condutores de surgimento de doenças, persistência e propagação, ao invés de simplesmente correr atrás das doenças depois que elas emergem – acrescentou.
De acordo com o relatório ‘Pecuária Global 2013: Mudando as Paisagens das Doenças’, é necessária uma nova abordagem – mais holística – para a gestão de ameaças de doenças.
O relatório busca entender como as mudanças na forma como os humanos criam e comercializam animais têm afetado o modo como as doenças surgem e se espalham.
A globalização e as mudanças climáticas estão redistribuindo patógenos, vetores e hospedeiros, e os riscos de pandemia para os seres humanos causada por patógenos de origem animal são uma grande preocupação. Ao mesmo tempo, os riscos de segurança alimentar e resistência aos antibióticos estão aumentando em todo o mundo, de acordo com a agência da ONU.