Até 2050, a população mundial deve passar de sete para nove bilhões e meio de pessoas. E esse crescimento deve refletir na demanda de proteína animal. Estima-se que o consumo de carne bovina aumente cerca de 40%. Os dados são da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) e foram apresentados neste domingo, dia 17, pelo médico veterinário e doutor em nutrição animal, Rodrigo Goulart.
Para acompanhar a alta da demanda de alimentos e também de carne bovina, o produtor que não tem a possibilidade de grandes expansões de terra vai precisar utilizar o maior número de tecnologias possíveis para aumentar a produtividade e não só a produção. Uma das alternativas é o uso de beta agonistas, promotores de crescimento que, segundo especialistas, melhoram o desempenho e a eficiência do animal, reduzindo impactos ambientais.
Um trabalho realizado pela Universidade de Washington comparou a evolução de peso de carcaça com o uso dos beta agonistas, entre os anos de 1977 a 2007, nos Estados Unidos. O estudo comprovou que o uso da tecnologia reduz o tempo de engorda e eleva o peso de carcaça.
Notícias Relacionadas
O cloridrato de zilpaterol, nome científico do beta agonista, deve ser utilizado nos últimos 20 a 40 dias de confinamento. Segundo indicação do médico veterinário Rodrigo Goulart, isso serve para intensificar o ganho de peso nesse período, mais próximo a maturidade.
Mas as vendas do produto no Brasil foram suspensas no ano passado, por causa das restrições aos beta agonistas impostas pela União Europeia, Rússia, Irã e China. Agora, o setor aguarda o envio de um protocolo que vai regulamentar e autorizar o uso de cloridrato de zilpaterol.
