Citros: incidência da CVC cai após ação contra greening

Eliminação de pomares velhos e erradicação de plantas doentes contribuíram para a quedaLevantamento do Fundo de Defesa da Citricultura (Fundecitrus) aponta que a incidência da clorose variegada dos citros (CVC) caiu de 39,2% para 35,5% nos pomares do Estado de São Paulo, entre 2009 e 2010. Segundo o gerente do Departamento Técnico do Fundecitrus, Cícero Augusto Massari, entre os fatores que levaram à queda da doença destacam-se a eliminação de pomares mais velhos e a erradicação de plantas doentes, ações necessárias para o combate a outra praga, o greening, considerada a pior da c

Segundo o Fundecitrus, as aplicações de inseticidas usados para combater o inseto que transmite o greening também agiram contra as cigarrinhas transmissoras da bactéria da CVC. O levantamento foi feito por uma equipe de engenheiros agrônomos e técnicos em agropecuária que percorreu o parque citrícola, de junho a setembro deste ano.

O levantamento apontou que a região Norte é a mais afetada pela doença, com 53% das plantas contaminadas, seguida pela Noroeste, com 42,8%, e Central, com 38,2%. As regiões Sul e Oeste apresentaram índices menores, 25% e 4,4% respectivamente. Embora a região Sul tenha apresentado o segundo menor índice de contaminação (25%), os técnicos do Fundecitrus constataram grande crescimento da CVC em plantas até então sadias: de 6,6%, em 2009, para 10,8%, em 2010.

Presente no Brasil desde 1987, a CVC, também conhecida como amarelinho, é causada pela bactéria Xylella fastidiosa. As plantas afetadas apresentam obstrução dos vasos pelos quais circulam água e nutrientes da raiz para o resto da árvore. A bactéria é transmitida por 12 espécies de cigarrinhas, os sintomas começam nas folhas e se estendem para os frutos, que apresentam redução de tamanho e produtividade.