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Clima seco prejudica safra norte-americana de grãos e eleva preço do frango no Brasil

Custo de soja e milho, base para a ração dos aviários, disparou esta semanaA ameaça de estiagem nos Estados Unidos impacta no preço das commodities e o custo já chega aos produtores de frango no Brasil. Empresários e entidades ligadas ao setor apontam que o custo dos grãos, base para a ração dos aviários, disparou esta semana.

Segundo o presidente da Globo Aves e membro do Conselho do Sindicato das Indústrias de Produtos Avícolas do Estado do Paraná (Sindiavipar), Roberto Kraefer, o clima seco na região produtora de soja e milho dos EUA e uma nova ameaça de quebra na safra norte-americana fez os preços subirem.
 
– O farelo de soja que vinha na faixa de R$ 1 mil a tonelada, já está em R$ 1.115. Quer dizer: o estresse está acontecendo novamente e temos que ver isso como isso acontece – disse.

– A gente precisava recompor os estoques para ficar tranqüilo. Porém, para recompor, nós precisaríamos de uma supersafra. Caso contrário, nós vamos ter uma safra reduzida. Então, não vamos nem recompor estoque e vai é faltar produto. Assim, eleva preço. Bom para o produtor com os preços, mas ruim pra quem demanda esses produtos básicos – destaca o presidente da União Brasileira de Avicultura (Ubabef), Francisco Turra.
 
Segundo dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), desde o começo do mês de agosto, o preço da saca de milho variou entre R$ 23.87 e R$ 25.47. A saca de soja passou de R$ 62 para R$ 71.55. Kaefer diz que mesmo com a alta nos preços da alimentação, ele está conseguindo repassar o aumento dos custos para o consumidor.
 
– O frango no Paraná está sendo produzido, hoje, a uma taxa de R$ 1.80 o quilo do animal vivo. Nós temos repassado em média de R$ 3.50 abatido. Então, está havendo valorização e está se pagando os custos sem problemas – disse.
 
De acordo com o diretor da Agroceres Multimix, Maurício Nacif de Faria, outro fator que também tem feito a diferença nos custos para os produtores é o preço do pinto de corte. Segundo ele, a produção este ano não acompanhou o ritmo do crescimento da demanda. Em 2012, o preço médio do pintinho era de R$ 0,60. Este ano já está em torno de  R$ 1.20.
 
– Então você tem: a oneração do frango pelo preço do pinto de corte; e a oneração do frango pelo custo do milho e soja que sobe baseada numa variação de câmbio. E uma recente seca no meio oeste americano, que traz notícias assustadoras e de frustração para safra. Ainda não é grande, mas a previsão de tempo põe o mercado muito assustado – disse.
 
A produção mensal de pintinhos que estava em torno de 550 milhões em 2012, este ano tem ficado em cerca de 515 milhões. Apesar de ser favorável para quem produz, o momento não gera confiança para a expansão de plantéis.
 
– Acho que não devemos aumentar o alojamento de pintinhos e nem colocar uma produção em excesso. Se isso ocorrer, vamos ter um custo subindo, mas se nós tivermos a inteligência de manter o volume, nós podemos valorizar o frango, subindo o preço, fazendo com que o custo a gente consiga repassar – conclui Kraefer.

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