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Cocho automatizado mede gases de efeito estufa na bovinocultura

Embrapa é a primeira instituição latina a utilizar a tecnologiaUm alimentador de última geração é a mais nova tecnologia usada para medir, com maior rapidez e precisão, a emissão de gases de efeito estufa dos bovinos. A Embrapa foi a primeira instituição na América Latina a utilizá-lo.

O cocho automatizado mede a emissão de metano (CH4) e gás carbônico (CO2) dos animais e tem sido utilizado por pesquisadores da Embrapa Pecuária Sudeste (SP). Batizado de GreenFeed, o equipamento reconhece o animal pelo brinco eletrônico assim que a cabeça entra no cocho. No mesmo momento, um exaustor aspira e mede a cada segundo os gases emitidos durante a alimentação. Desse modo, é possível monitorar individualmente as taxas de emissão ao longo do tempo.

O GreenFeed vai colaborar para a complementação de dados da Rede de Pesquisa em Pecuária Sustentável (Rede Pecus), que tem desenvolvido trabalhos desde 2011 nos biomas brasileiros: Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, Pantanal e Pampa. O objetivo da Rede é compreender os impactos dos diferentes sistemas de produção sobre a emissão de gases de efeito estufa da pecuária brasileira e identificar alternativas de mitigação.

A tecnologia utilizada atualmente para medir gases emitidos por bovinos não é tão detalhada. Trata-se de uma canga tubular acoplada a um cabresto. Atado ao animal por 24 horas, o aparato retém ao longo desse período os gases emitidos e os armazena. Ao fim desse tempo o tubo é retirado para análises laboratoriais para determinar a composição. Esse método coleta gases de alguns animais por apenas cinco dias, enquanto o GreenFeed permite avaliação de vários animais por tempo indeterminado.

Outra vantagem do cocho automatizado é conseguir registrar as emissões por animal em tempo real e registrá-las em um computador acoplado. Mais de 90% dos gases produzidos pelos ruminantes são emitidos pela boca e narinas, por eructação, por isso, o aparelho gera uma base de dados bastante confiável para pesquisas que visam a redução dos GEEs, segundo explica o pesquisador da Embrapa Alexandre Berndt.

Para ele, a principal vantagem do cocho automatizado em relação à tecnologia tradicional da canga é o grande número de dados gerados. O especialista conta que nos experimentos em confinamento, no qual se mede a emissão com uso de diferentes dietas, o método tradicional proporciona uma leitura por animal ao dia, durante uma semana. Com o GreenFeed, toda vez que um animal visita o cocho, em torno de dez vezes ao dia, a emissão é registrada pelo sistema.

– Ou seja, tenho mais dados, com leituras constantes do mesmo boi e muitos animais monitorados simultaneamente. Não temos como obter a quantidade de leituras realizada pelo cocho automatizado utilizando a metodologia tradicional – diz o pesquisador.

Em 2014, a Embrapa investiu US$ 300 mil para a aquisição de seis equipamentos GreenFeed, o sétimo equipamento foi adquirido com recursos da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), em abril. Os seis primeiros chegaram ao Brasil em novembro; três ficarão na Embrapa Pecuária Sudeste e três serão usados em experimentos pela Embrapa Agrossilvipastoril (MT).

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