Com a doação recebida do Amazonas, a Colômbia ganhou 5 mil doses da vacina para cumprir a campanha de imunização do gado, referente ao segundo ciclo de 2008.
Colômbia e Brasil estão ligados pelas cidades de Letícia e Tabatinga, localizada no sudoeste amazonense, a 1.100 quilômetros de Manaus. A importância da parceria, segundo o secretário de Produção do Amazonas, Eron Bezerra, está na preservação do gado em toda a área de fronteira, tanto pelo lado colombiano quanto pelo lado brasileiro.
Bezerra explicou que a doação vai permitir a vacinação do rebanho existente na região de Letícia, que tem 4,8 mil cabeças, e contribuir para que o Amazonas alcance a meta de se tornar estado livre da febre aftosa.
? A doação é suficiente para vacinar todo esse rebanho e manter o padrão sanitário colombiano elevado. Ao mesmo tempo, isso beneficiará diretamente o Brasil, considerando a região de fronteira. Com a meta de tornar o Amazonas livre dessa doença, nos interessa, portanto, que toda a região, incluindo os países vizinhos, também esteja livre ? declarou Bezerra.
De acordo com o secretário, a doação não compromete a imunização do gado amazonense. O Estado tem uma cobertura vacinal superior a 99% e é o único do país que compra as vacinas a serem utilizadas, recebendo do produtor uma taxa simbólica de R$ 0,60 por dose.
? Nós fomos procurados pelo governo colombiano para apoiá-lo nessas medidas. Ao nosso produtor, fica o recado da atenção. O cuidado com o gado é permanente, não dá para relaxar ? acrescentou.
O agricultor que não vacinar o gado sob sua responsabilidade poderá ser multado e ter a propriedade interditada. Caso haja qualquer foco de aftosa, o proprietário é obrigado a sacrificar o rebanho inteiro. O Amazonas tem hoje 1,5 milhão de cabeças de gado, concentrados nos municípios de Boca do Acre e Guajará ? na região do alto Purus -; Juruá, no sul do estado; Apuí e Manicoré, na região do Madeira e Transamazônica; e Parintins, no baixo Amazonas.