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Com aumento nos preços da carne, ceia de Natal deve ficar mais cara este ano

Segundo os fabricantes, não haverá aumento de margens, apenas repasse dos custos elevados pelo encarecimento do milho e da sojaA ceia de Natal está mais cara este ano. Os frigoríficos estimam um aumento médio entre 10% e 15% nos preços das carnes em relação ao ano passado. Segundo os fabricantes, não haverá aumento de margens, apenas repasse dos custos elevados pelo encarecimento do milho e da soja. Mesmo assim, o aumento nas vendas deve ficar entre 10% e 15%.

A Aurora, cooperativa catarinense referência em processamento de carnes, espera um crescimento de vendas não só no mercado de aves, mas também para carne suína. Segundo a empresa, toda cadeia deve ser beneficiada. Os preços para os produtores podem subir entre 5% e 8%.

? Há uma expectativa mais positiva para as aves no final do ano, mas a carne suína da mesma forma deve acompanhar. Acreditamos que tenha uma reposição de preço ao produtor neste final de ano até dezembro. É uma reposição perante o que foi praticado em outubro ? afirma o diretor comercial da Aurora, Leomar Somensi.

Para o consumidor, o repasse de preço, segundo o diretor comercial da empresa, deve ficar por conta da inflação.

? Aumenta o volume de vendas e praticamente estamos repassando a inflação. Um aumento entre 2% e 3% em cima da inflação, o que deve refletir em toda cadeia ? acrescenta Somensi.
 
A expectativa da União Brasileira de Avicultura (Ubabef) também é positiva. Segundo o presidente da entidade, carnes especiais são consumidas apenas no final de ano. Por isto, um aumento nas vendas é muito bem vindo para o setor.

? É um bom crescimento, exatamente pelo desempenho da economia no Brasil que esteve aquecida em relação às exportações das aves natalinas. Nós vamos ter praticamente um equilíbrio, um volume levemente superior a 2010 ? afirma o presidente da Ubabef, Francisco Turra.

A orientação vai para o consumidor que deve ficar de olho porque não há grandes estoques neste fim de ano.

? O consumidor é que hoje deve ficar muito atento porque não há estoques grandes, como não há um consumo durante o ano todo, as empresas produzem. Então já percebi que em alguns lugares a falta de aves do fim de ano, de fato já há escassez, não há um volume grande à vontade, até porque a demanda lá fora para o fim do ano é maior ? explica Turra.

Já o alerta o consultor Osler Desouzart é para o perigo de uma campanha natalina mal feita. As conseqüências para a economia podem se estender durante todo o primeiro semestre do ano seguinte.

? Se a campanha natalina é boa, no mês de janeiro há sempre um nível de reposição, supermercado vazio. Precisa repor, movimenta o mercado. Quando uma campanha natalina é feia,  ela pode afetar o mercado até 15 de abril ou até maio ou mesmo junho ? defende o consultor.

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