Na comparação com março do ano passado, o preço desse item, que tem forte peso na composição da cesta, ficou mais elevado em 15 das 17 cidades pesquisadas. De acordo com a análise da equipe econômica do Dieese, a tendência é a manutenção da oferta em alta neste mês de abril “com a recomposição das pastagens”.
A maioria dos demais alimentos que compõem a cesta básica do brasileiro fez o movimento inverso. O feijão apresentou alta em 13 cidades na passagem do segundo para o terceiro mês do ano, sendo as mais expressivas elevações verificadas em Manaus (12,53%), Salvador (9,14%), João Pessoa (8,61%) e Belém (8,37%). No acumulado do último ano, houve alta generalizada nos preços da leguminosa. Os maiores aumentos foram apurados em Belém (92,49%), Belo Horizonte (71,32%), João Pessoa (67,72%) e Recife (61,28%).
Também apresentaram variações positivas de um mês para o outro o óleo de soja, que subiu em 14 capitais, o pão, que ficou mais caro em 11 cidades, e o café, com aumento em dez localidades.
O custo médio total da cesta permaneceu o maior do país na cidade de São Paulo, onde o consumidor precisou desembolsar R$ 273,25 para a compra dos alimentos básicos. Em seguida, aparecem Porto Alegre (R$ 264,19), Belo Horizonte (R$ 260,93) e Vitória (R$ 260,23). Apesar do aumento no mês, a cidade de Aracaju (R$ 192,41) continuou a apresentar o menor custo, seguida por Fortaleza (R$ 211,39).
Pelos cálculos do Dieese, para atender às necessidades básicas de uma família, o salário mínimo, em março, deveria ter sido R$ 2.295,58, o que corresponde a 3,69 vezes o mínimo em vigor (R$ 622). Em fevereiro, o valor estimado era um pouco maior, R$ 2.323,21, ou seja, 3,74 vezes o mínimo atual. O valor calculado este ano é ligeiramente superior ao de um ano atrás, quando o total estimado era R$ 2.247,94, que equivalia a 4,12 vezes o mínimo em vigor, R$ 545.