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Com demanda em alta, empresas estudam aumento na produção de cortes nobres de carne bovina

Produção exige processo diferenciadoO mercado de carne bovina está cada vez mais exigente. Nos grandes centros urbanos cresce a procura por cortes nobres. A demanda em alta faz com que algumas empresas estudem o aumento de até 50% na oferta do produto em 2012. Empresas como o grupo JBS já investem no segmento.

No município de Guaiçara, no interior de São Paulo, a empresa, maior processadora de carnes do mundo, trabalha na produção dos cortes nobres. Os animais são trazidos de produtores do Rio Grande do Sul. No local, o  gado da raça britânica vai entrar no sistema de confinamento, até que fique pronto para o abate. Cada animal chega com aproximadamente 360 quilos e sai com mais de 500 quilos. O diferencial da carne produzida por este gado está na genética, na escolha da raça e também no trabalho de manejo.

Dos animais das raças aberdeen angus, red angus e hereford que chegam à fazendo vai pro mercado uma linha de produtos batizada de swift black, que, segundo os especialistas da empresa, se diferencia pela maciez, por ser uma carne suculenta e de sabor comparável com as melhores do mundo.

Logo que os animais chegam é feito o trabalho de apartação, quando são avaliados. Nos padrões do tipo de carne que a empresa deseja, o gado tem que ser jovem, na faixa dos dois anos, e castrado. Em seguida o gado é vacinado e recebe uma identificação.

— Os critérios que nós mais preconizamos no projeto Swift Black: animais com até quatro dentes e que podem virar seis dentes no confinamento no momento do abate, animais que são castrados e o racial, que é pelo menos um animal cinco oitavos britânico — explica o gestor do confinamento, Renato Burim.

Além do manejo, a nutrição é outro diferencial na terminação dos animais. Na fazenda tem um sistema que mistura e distribui os ingredientes. São pelo menos sete para ração. Farelo de soja e milho são os principais. O gerente técnico Anderson Vargas é o responsável pelo trabalho e afirma que no confinamento o gado recebe três tipos de dieta: de adaptação, de crescimento e de terminação, que tem uma boa densidade energética, ou seja, tem muita proteína.

— A gente tem uma quantia de carboidratos fermentando nesta dieta muito grande, proveniente do milho, onde nós temos uma fonte de gordura protegida. A gente trabalha aí com 6,5 a 6,8% de extrato etéreo nesta dieta — explica Anderson Vargas.

Os animais ficam no confinamento de 120 a 130 dias. É um período maior do que o confinamento para o gado considerado comum, por isso a eficiência na chamada conversão alimentar destes animais é menor. O gado especial precisa comer oito quilos de matéria seca para produzir um quilo de carne. O gado comum come dois quilos a menos e dá a mesma produção. A desvantagem é compensada pela qualidade da carne.

— Nós avaliamos a cobertura de gordura e maciez da carne. Esse é o produto que nos interessa no processo. O nosso foco é o produto que paga a “menor eficiência” deste animal castrado e com longo período de cocho — diz Vargas.

Após quatro meses, já com 530 quilos, o animal é preparado para o abate. O procedimento é rigoroso para não comprometer a qualidade da carne. Até a distância entre o confinamento e o frigorífico foi considerada na hora de implantação do projeto de carne diferenciada pelo JBS. Para chegar ao frigorífico, o caminhão não roda mais que seis quilômetros.

— Menos transporte, menos estresse, menos comprometimento de carne, menos contusão. A gente está do lado. Dava quase pra levar o boi tocado para o frigorífico — afirma o diretor de confinamento Fernando Saltão.

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