Apesar da pressão de baixa ainda existir, com destaque para Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso, no fechamento da última terça-feira, dia 30, o mercado do boi pareceu caminhar, gradativamente, rumo a um equilíbrio de preços.
As escalas de abate encurtaram nas últimas semanas, com os frigoríficos “queimando” parte desta munição para reduzir os preços do boi.
Em São Paulo, a escala média atende entre quatro e cinco dias, sendo esta a programação mais enxuta dos últimos trinta dias, segundo levantamento da Scot Consultoria.
No mercado atacadista de carne bovina com osso, os preços estão estáveis. A carcaça de bovinos castrados está cotada em R$ 9,07/kg.
Reposição regional
Embora as chuvas das últimas semanas colaborem com a capacidade de suporte dos pastos, os compradores não tiveram interesse em repor o gado. Os últimos acontecimentos político-econômicos deixaram o mercado incerto e isso reduziu o ânimo para compra de reposição.
Apesar da superioridade da oferta frente à demanda, a desvalorização de 1,7% do preço do boi gordo no Pará, acumulada desde o início do ano, deixou a relação de troca menos favorável.
Em janeiro/17 era possível comprar 1,62 garrote (9,5@) com o preço da venda de um boi gordo de 16,5@ no estado, atualmente compra-se 1,59. Piora de 1,7% no poder de compra.
O cenário atual do mercado impacta diretamente os preços do boi gordo, mas a expectativa de curto prazo é que o mercado de reposição também sinta esses reflexos, diante disso, não estão descartadas quedas.