Na maioria dos casos, as programações de abate atendem entre dois e quatro dias úteis. Os abates estão aumentando de forma gradativa, embora os frigoríficos ainda encontrem dificuldade para alongar as escalas, já que o pecuarista dificulta a entrega de boiadas à procura de preços melhores. Em Mato Grosso do Sul, há tentativas de baixa de até R$ 2,00/arroba, mas os negócios travam.
As margens boas para as indústrias acabam incentivando a intensificação da produção de carne. A diferença entre o Equivalente Scot Desossa, que apura a venda de carne sem osso, couro, sebo, miúdos e subprodutos, e o valor pago pela arroba está em 27,4%, 5% acima do mesmo período de 2012.
O cenário, porém, tem feito os preços da carne sem osso caírem. Os estoques das indústrias aumentaram e as vendas de final de mês não evoluíram da mesma forma.
No acumulado dos últimos sete dias houve queda de 1,5%, em média, nos preços dos cortes. É a segunda semana seguida de desvalorizações. O escoamento de carnes de traseiro está melhor. Os varejistas estão se abastecendo para o início do mês, quando a população está mais capitalizada e o consumo de cortes nobres é melhor.
Mercado de reposição de machos no Paraná
O mercado de machos está aquecido no Paraná, principalmente para garrotes e bezerros desmamados, segundo pesquisa da Scot Consultoria. Os negócios com fêmeas, por sua vez, estão mais lentos.
As chuvas dos últimos meses movimentaram o mercado, mas, atualmente, as precipitações estão aquém do ideal, o que pode esfriar as negociações em curto prazo.
Na comparação com o mesmo período de 2012, foi registrada alta dos preços dos animais de reposição, sendo que a valorização mais expressiva foi a do bezerro desmamado, cotado em R$ 760,00/cabeça, 5,9% mais caro.
A relação de troca com o boi gordo que teve maior queda nos últimos doze meses foi com o bezerro desmamado, 7,5%. Atualmente, compram-se 2,15 bezerros desmamados com a venda de um boi gordo de 16,5 arrobas.