Na propriedade de 75 hectares, no município de Guimarânia, o produtor Leandro Oliveira Almeida e o pai Osvando Antônio de Almeida tiram, por dia, 500 litros de leite, em duas ordenhas, de 34 vacas. A atividade nem sempre tão produtiva. Há dois anos, o leite era apenas para pagar a despesa com funcionário e para a qualidade no produto.
Com o aprendizado do período veio também a conscientização de que a busca por um produto cada vez melhor é uma luta diária. Ter um produto de qualidade não é mais um diferencial, é questão de sobrevivência no setor. A diferença de preço é muito grande.
No último mês, a cooperativa que recebe o leite dos produtores da região pagou em média R$ 0,83 por litro, sendo R$ 0,09 a mais para quem entregou um produto dentro dos padrões de qualidade e R$ 0,09 a menos para quem forneceu um leite inferior.
Na formação do valor pago ao produtor, o mercado precisa ajudar para que o preço não despenque ainda mais, mesmo em entressafra.