– Estimamos nosso rebanho em 13,5 milhões de animais e todos cumpriram essa etapa inicial do plano de vacinação, que começou em janeiro e terminou no dia 30 de março – afirma.
Neste mês de abril haverá uma segunda fase para animais mais jovens e em novembro será a etapa final do plano anual, envolvendo todo o rebanho. A execução de um novo programa de erradicação da febre aftosa mais a decisão da Argentina, na semana passada, de liberar o trânsito de produtos e subprodutos de animais, devem favorecer as exportações paraguaias.
– Acreditamos que o plano que contempla mudanças fundamentais no procedimento de vacinação, com apoio de programas internacionais, e a oportuna decisão do governo argentino, as exportações poderão aumentar e minimizar o impacto negativo que a suspensão das vendas tem provocado na economia do país – diz Otazu.
– A liberação do trânsito de nossos produtos na Argentina é extremamente importante porque a maioria dos envios ao exterior é feita nos portos argentinos – ressalta.
Ele recorda que a pecuária é o principal motor da economia paraguaia e sofreu um forte freio a partir de setembro do ano passado, quando um foco de aftosa foi detectado na região de San Pedro. Em janeiro, novo foco da doença foi verificado na mesma localidade.
– A restrição estava agravando mais a situação econômica do país, mas a partir de agora o fluxo pode melhorar porque temos 1,2 milhão de animais gordos prontos para o abate e embarque – anuncia.
Segundo os últimos dados do Senacsa, entre janeiro e fevereiro de 2012 o Paraguai exportou 16,916 mil toneladas de carne sem osso. O volume é quase 40% menor do que o embarcado em igual período de 2011, quando alcançou 26,5 mil toneladas, conforme o diretor de Comércio Exterior do Senacsa, Hugo Idoyaga. Do total exportado, 71% foi para a Rússia, 16% para o Brasil e o restante para mercados da Europa, Ásia e África.
A Rússia é um dos principais compradores da proteína paraguaia e importou desse país 50 mil toneladas em 2011. Em novembro, a Rússia reabriu o mercado ao Paraguai, mas a restrição no trânsito da Argentina dificultava as operações de embarques, que estavam sendo feitas via Brasil e Uruguai, encarecendo os envios. O país agora está em tratativas para reabrir o segundo destino mais importante: o Chile, que comprou 45 mil toneladas em 2011, até setembro. Em total, o Paraguai embarcou 144 mil toneladas no ano passado. O Paraguai também envia carne à Venezuela e a Israel, que continua com embargo.
– Temos missões técnicas de todos nossos compradores e estamos negociando a reabertura desses mercados – conclui Otazu.
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