O Mapa adiantou que a ação prosseguirá na empresa Leardini, na qual, além dos casos de fraude, foi encontrada e lacrada uma câmara de estocagem em que os pescados não tinham rastreabilidade. De acordo com o órgão, isso pode caracterizar receptação de produtos clandestinos. Ao todo foram apreendidos 24 mil quilos de pescado em seis empresas, que receberam 25 autos de infração dos fiscais agropecuários e tiveram o registro suspenso para comercialização no mercado internacional.
A operação da PF cumpriu mandados de busca e apreensão nas empresas Vitalmar, JMS Indústria e Comércio de Pescados, Costa Sul Pescados, Pescados Quatro Mares, Indústria e Comércio de Pescados Dona Rose, Leardini Pescados e M.S Luzitania. Elas entrarão em regime especial de fiscalização por parte do Mapa, com análise de todos os lotes que saírem desses estabelecimentos. Além disso, de acordo com a PF, o inquérito policial prossegue, e pode haver indiciamento dos responsáveis.
As empresas começaram a ser investigadas após fiscais agropecuários suspeitarem de troca de espécies de peixes durante inspeções de rotina. O objetivo das trocas seria aumentar os lucros, vendendo peixes mais baratos como pescado nobre. Segundo informações do ministério, entre as substituições constatadas estava, por exemplo, a do linguado pelo alabote e da merluza pela polaca do Alasca. Outra troca encontrada foi a da garoupa pelo mero, cuja pesca é proibida no Brasil.