A feira vai além da mostra de animais. O Parque Fernando Costa é também um palco de debates. Durante todo o primeiro dia, presidentes dos principais órgãos de defesa sanitária do país discutiram as ações de combate à febra aftosa e o planejamento para retirada gradual da vacinação.
A feira começou quente no campo que mais preocupa a pecuária nacional: a defesa sanitária. O Fórum Nacional dos Executores de Sanidade Agropecuária reuniu representantes de 11 Estados. Os órgãos estaduais de defesa estão fazendo um levantamento das estruturas e serviços. A dificuldade está na base das informações para retratar a realidade de cada região.
A nova plataforma com o perfil do controle sanitário nacional vai representar o maior avanço para o Brasil na conquista de credibilidade junto ao mercado internacional.
A novidade na reunião foi a presença de Emílio Salani, presidente do Sindicato Nacional da Indústria dos Produtos para Saúde Animal (Sindan), que representa 95% do PIB veterinário do país. Os órgãos de defesa sanitária estudam como fazer o planejamento da retirada gradual da vacinação contra febre aftosa e qual o impacto no setor.
Salani afirma que a venda de vacinas contra aftosa representa apenas 10% do faturamento, e que o ganho maior vai ser quando o país avançar no controle sanitário. As indústrias querem garantir que não falte vacina.
As lideranças do setor defendem a retirada da vacinação em bloco, como circuitos pecuários já existentes. A preocupação é com o planejamento.